A Geórgia (em georgiano: საქართველო, transl. Sakartvelo) é uma pequena república do Cáucaso localizada na fronteira entre Europa e Ásia. Limita a norte e a leste com a Rússia, a leste e a sul com o Azerbaijão, a sul com a Arménia e a Turquia e a oeste com o mar Negro. Sua capital é Tbilisi. Considerada uma nação transcontinental, a Geórgia é membro do Conselho da Europa desde 27 de abril de 1999. O país se integrou à Comunidade de Estados Independentes em 1994, mas o seu parlamento aprovou por unanimidade em 14 de agosto de 2008 a sua saída da comunidade, devido ao apoio militar russo às causas de independência da Abecásia e da Ossétia do Sul.
Os georgianos chamam-se a si mesmos de ქართველები (kartvelebi) e a sua língua de ქართული (kartuli). Estes termos derivam do nome de um lendário chefe pagão, Kartlos, de quem se diz ser o "pai" dos georgianos. A denominação estrangeira Geórgia, utilizada por grande parte das línguas do Mundo, vem do persa گرجی (Gurji), por intermédio do árabe Jurj. Este por sua vez sofreu influência do prefixo grego γεωργ- (geōrg-), o que levou a se acreditar que o nome derivaria do seu santo padroeiro, São Jorge, ou do termo grego para cultivar, γεωργία (gueōrguía).
Na antiguidade, os habitantes da Geórgia eram também denominados iberos, em razão do reino caucasiano da Ibéria, que muito confundia os geógrafos antigos, que pensavam que este termo só se aplicava aos habitantes da península ibérica. Gorj, a denominação persa para os georgianos, é também a raiz para a palavra turca Gürcü, e a russa Грузин ("Gruzin"). O nome do país é Gorjestan em persa, Gürcistan em turco, Грузия (Gruzia) em russo e גרוזיה (Gruzia) em hebraico. Outra curiosidade relacionada ao nome do país vem da palavra lobo em persa(gorg), que era por eles cultuado, daí resultando Gorjestan, "a terra dos lobos".
Já a denominações em armênio para georgiano e Geórgia, respectivamente Vir e Virq, vêm de Ibéria com a perda do "i" inicial e a substituição do "b" pelo "v". O processo de paz entre o governo e os separatistas da Ossétia do Sul e da Abecásia não avança em 2000. O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, controla as rebeliões com a garantia de lealdade à Federação Russa, de onde lhe vem o apoio militar. Mas a ofensiva de Moscou na vizinha Chechênia, em 1999, atrapalha as relações com os russos, que acusam a Geórgia de apoiar os rebeldes chechenos.